31.8.09

Blog Day

Blog Day 2009

Este é meu primeiro Blog Day e eu nem estava preparada pra isso. Foi o André Montejorge do Bem Legaus que me despertou para esse dia especial na vida de todo blog. Procurei blogues que frequento e que não tem a ver com o meu – só o primeiro foge a essa regra – então, lá vão minhas indicações:

1. Não poderia deixar de sugerir uma visitinha ao deleite do Cosas Visuales, blog do espanhol Fernando Suárez – designer, jornalista e professor universitário. Todos os dias ele mostra um portfólio web diferente. A seleção dos trabalhos é de excelente qualidade. Imperdível.

2. Senhorita Carolina é o blog da designer e estilista Carolina Carvalhal, que diariamente abre seu guarda-roupa e a intimidade do seu quarto para mostrar o que está vestindo. O tom informal é o diferencial: uma mulher comum e real – gente como a gente – especializada na área de moda, que inspira muitas outras mulheres reais.

3. Ok! Saí do design! Agora recomendo o delicioso e maravilhoso blog Depósito do Calvin. Se você gosta desse personagem criado por Bill Watterson, então, não pode perder.

4. Chega de Bagunça é um blog com ótimas dicas de organização, que merece ser seguido, incluído nos feeds ou cadastrado para receber atualizações. O importante é arrumar um jeito para não perder o próximo post!

5. E eu não poderia deixar de citar um blog sobre cinema, essa foi uma escolha difícil, mas vou indicar o cinema o rama pela abrangência do conteúdo. Pense num filme, procure no blog e provavelmente você vai encontrar a opinião do Pedro Tavares, estudante de cinema e blogueiro incansável.

Aproveito para divulgar meu blog-totalmente-diferente-desse o Cinéfila em Transe.

Divirtam-se!

25.8.09

Minha infância com Aloisio Magalhães

Se o princípio básico do design é levar a criação artística para o cotidiano da população, acredito que no Brasil nosso maior exemplo de como um profissional pode atingir esse objetivo é observando o expressivo trabalho de Aloisio Magalhães.

Quando criança, eu brincava com a coleção de chaveiros do meu avô e meu favorito era um com o logotipo do Unibanco – me encantava o desenho sem início nem fim e isso me despertou para outras imagens infinitas. Comecei a procurá-las por todos os cantos, nas lojas, nos desenhos de tecidos, nos livros.



Também gostava do talão de cheques que meu pai usava e reconhecia as agências do Banco Boavista pelo símbolo dourado estampado nas portas.

Identificava prontamente o símbolo da LIGHT, onde meu pai foi trabalhar e lembro dele me explicando que era um raio formado com a letra “L”...

Depois surgiu a nota de “um barão” – Cr$ 1.000,00 um frisson na época – alguém também me explicou que a nota não tinha pé nem cabeça, que podia ser lida em qualquer posição. Tudo isso aconteceu antes eu fosse alfabetizada.

A simplicidade bem elaborada dos projetos de Aloisio de Magalhães me permitiu ter acesso ao design, através de objetos corriqueiros do dia-a-dia, muito antes que eu compreendesse e decidisse seguir essa profissão. Isso pra mim é design. Simples e abrangente.

18.8.09

500 Maiores S.A.

Na última terça-feira, durante a cerimônia de entrega do Prêmio de Excelência Empresarial pela Fundação Getulio Vargas, foi o lançamento da edição especial de Conjuntura Econômica (publicação onde trabalho) sobre as 500 maiores sociedades anônimas do país.

Esta é a sexta edição em que faço a capa deste especial.
Tenho um carinho enorme pela primeira (amarela e prata) e a de 2008 (com o 500 em azul escuro). Esse ano, tivemos alguns contratempos e não saiu como o planejado. Mas tenho muitos motivos para me alegrar com o trabalho realizado nesses seis anos.

13.8.09

Capas de rankings

Um dos motivos do meu sumiço foi a edição 500 Maiores S.A. da revista onde trabalho. Durante a pesquisa, reuni algumas capas de rankings e listagens. Agora disponibilizo para vocês. É uma empreitada difícil fazer capas desse tipo. Quem tiver outros exemplos me avise e poderei incluir nessa coletânea.
















































































































10.8.09

Coolhunter do passado

“Não há passado que seja permitido ter-se saudade. Existe o eternamente novo, que nasce de elementos permanentes do passado; e o verdadeiro saudosismo deve ser produtivo, deve criar sempre alguma coisa de nova e melhor." Goethe

Aloísio Magalhães cita essa frase e acrescenta: “O novo é apenas uma forma transformada do passado, enriquecida na continuidade do processo, ou novamente revelada, de um repertório latente.”

Acredito que o processo criativo é um passeio constante entre a tradição e o novo. Um dia desses li no Twitter "Todo designer tem um pouco de Coolhunter" — uma pessoa que vive pesquisando tendências. E ao mesmo tempo, todo designer também é uma espécie arqueólogo da cultura material. A maioria vive cercado de papéis, fotos, imagens digitais e objetos – são colecionadores de antiguidades. Esse repertório histórico e atual é fundamental para alimentar o processo criativo, sem ele, secamos.

Quero colocar alguns exemplos do próprio trabalho do Aloísio, onde encontrei, de forma nítida essa visita ao passado conectada com o presente.

A primeira delas é o símbolo do 4º Centenário do Rio de Janeiro, de 1964, um resgate da cruz de malta portuguesa e uma apropriação da bandeira nacional. Apesar da carga tradicional desse símbolo, ele está completamente afinado com a produção artística de sua época.














Outro tanto tradicional quanto contemporâneo foi o símbolo do Banco Boavista.



















O projeto das notas de cruzeiro de 1966, uma mistura do clássico com a experimentação nos processos de impressão para diminuir o risco de falsificação.























E por fim, um projeto que achei fantástico: o símbolo do Banco Central. Desenhado a partir da arquitetura da sede do banco em Brasília, ele é uma espécie de vista de topo do prédio, que por sua vez, foi construído a partir do desenho de uma moeda circulante no Brasil durante o reinado de D. João V, o dobrão.


























É isso! Quando a coisa aperta no trabalho acabo fugindo do blog, mas é bom estar de volta!