27.11.09

Tart Cards

Há três semana minha vida deu uma chacoalhada e parei geral. Não li mais blogues, passava batida pelos e-mails, o Twitter ficou de lado e, obviamente, não tive tempo de escrever. Mas isso é bom, eu estava vivendo e construindo coisas, que ainda estão em processo. O que preciso agora é me reestruturar.

Foto de Thiago Velloso

Mas vamos ao que interessa, umas das coisas que recebi nesse tempo foi uma indicação, através da lista de tipografia, para acessar o site da revista Wallpaper*, nele havia uma seleção de cartazes tipográficos com a proposta de encontrar a sensualidade dos tipos. Os "tart cards" são aqueles anúncios de prostitutas colocadas nas cabines telefônicas do mundo inteiro. Pensando na extinção da mídia – não por repressão policial, mas pelo avanço tecnológico – e vendo nela uma forma de expressão artística incidental, a revista abriu espaço para que artistas e designers buscassem a sexualidade implícita em cada tipografia. A lista de cartazes é enorme e selecionei os meus favoritos. Clique nas imagens para ver ampliado e divirtam-se!









9.11.09

As melhores capas dos EUA em 2006, 2007 e 2008

Após a seleção das 40 melhores capas dos últimos 40, a American Society of Magazine Editors (ASME) começou a premiar anualmente as melhores capas de revistas. Até agora foram quatro edições: 2009, 2008, 2007 e 2006. Já falei de 2009 aqui, para completar, trouxe as melhores dos outros anos. Como não dá para falar de tudo, vou mostrar A Capa do Ano e mais aquelas que me chamaram atenção em cada edição da premiação.





2006




Começamos então, com A Capa do Ano: a edição de 19 de setembro de 2005 da The New Yorker, que mostra a presidência da república inundada depois do furacão Katrina.


A capa vencedora na categoria Celebrity quebra diversas regras, segundo a ASME, primeiro porque Julianne Moore não é uma celebridade que costuma vender muitas capas. Depois, parte do rosto da atriz está coberto pelo cabelo e seu sorriso não é largo. E por fim, o verde predominante na capa também não é uma cor de altas vendas. No entanto, essa capa de janeiro de 2006 vendeu 10% mais que a de janeiro do ano anterior. A associação em sua página diz: "isso nos mostra que a primeira regra de uma capa de sucesso é que não há regras".


Finalista na categoria Celebrity, esta capa da Life surpreende pela beleza.


As edições de verão da New York buscam o humor. Esta capa de Scarlett Johansson e Woody Allen na praia também está uma graça. Finalista na categoria Celebrity.


Essa finalista na categoria Fashion merece ser citada por ter sido feita no auge do escândalo de Kate Moss com cocaína. Enquanto diversas empresas cancelaram o contrato com a modelo, a revista W colocou ela na capa.


Com o tema Design e Religião, a revista I.D. trouxe um ipod em forma de crucifixo: iBelieve. Finalista na categoria Concept.






2007





Para relembrar o ataque de 11 de setembro, a The New Yorker fez sua primeira capa dupla. Se em 2001 eles fizeram uma impressão de preto sobre preto, desta vez a ausência das Torres Gêmeas foi mostrada na pintura de Owen Smiths, representando a façanha do equilibrista Philippe Petits – que em 1974 atravessou as torres na corda bamba – mas com a ausência das torres. A direção de arte da revista foi além e o que ficava à mostra era apenas o equilibrista na capa branca. Uma bela homenagem, sem dúvida.


Às vésperas do lançamento do iPhone a New York mostra o espírito revolucionário de Steve Jobs. Essa capa foi apenas finalista na categoria News, mas eu gostei bastante.






2008




A melhor capa de 2008 foi a New York de 24 de março, abordando com humor e ironia o escândalo que envolveu o governador Eliot Spitzer com a prostituição e gastos público.


Uma finalista da categoria News que merece destaque tanto pela beleza da fotografia quanto pelo fato de ser uma foto jornalística que, segunda a ASME, tem sido pouco valorizada nos últimos tempos.


O Brasil estampado na vencedora da categoria Fashion. A capa é um primor, Gisele está linda e as chamadas foram muito bem integradas à imagem.


Finalista na categoria Fashion que merece destaque pela beleza.


Essa foi a vencedora na categoria Concept. Eustace Tilley é o personagem que ilustrou a primeira capa da The New Yorker em 1925 e desde então, volta em todas as edições de aniversário. Para o aniversário de 2008, o personagem foi recriado em duas versões: Obama e Hillary Clinton, que estavam disputando a vaga de candidato à presidência. Além disso, a capa foi composta como uma carta de baralho, que pode ser lida de ponta cabeça.


E na categoria lazer, a vencedora foi a edição de verão da New York com os presidenciáveis John McCain e Barack Obama amigavelmente na praia, afinal, é verão!