29.7.10

Darel e Goeldi



Nesse final de semana termina a exposição do gravurista Darel, que está no Caixa Cultural do Rio de Janeiro. Passei semana passada lá e gostei do que vi. Mas a dica quente é que sábado às 16h, segundo me informaram os guias da mostra, haverá uma visita guiada com o curador e distribuição dos catálogos. Eu gostaria de ir, mas não posso estar em vários lugares ao mesmo tempo, uma pena!



E para completar o circuito de gravadores, recomendo a exposição que está no Centro Cultural dos Correios, de Oswaldo Goeldi, um dos que mais me impresionam na gravura brasileira. 


Bom passeio a todos!

27.7.10

24.7.10

Gordon Matta-Clark



Último final de semana para conferir no Paço Imperial a exposição da incrível obra deste artista e arquiteto, que entre as décadas de 60 e 70 fez intervenções em diversas construções abandonadas na América e Europa. Seu trabalho questiona as condições de moradia e propriedade privada. Sua vida foi uma experimetação do convívio coletivo. Abordagens que continuam em pauta 40 anos depois.




Matta-Clark pertencia ao grupo Anarquitetura que "desprovido de qualquer compromisso formal, refletia sobre problemas referentes ao espaço social, à propriedade da terra e da moradia, e à relação entre propriedade e condições de seu uso. Além disso, ropunha uma análise sobre os espaços esquecidos ou descuidados do ambiente urbano" — como descrito no catálogo da exposição.








23.7.10

Funcionalismo e boa forma


Escrivaninha de Marcel Breuer




Funcionalismo no design: ideologia predominante no design europeu do início do século XX, que visava construir objetos cuja forma fossem essenciais, baseados apenas em sua função objetiva. Defendia que o menos é mais e tinha como mote a máxima proferida pelo arquiteto Louis Sullivan "A forma segue a função", uma redução do seguinte trecho publicado em artigo:

"Esta é a lei que está impregnada em todas as coisas orgânicas e inorgânicas, físicas ou metafísicas, humanas ou supra-humanas, de todas as manifestações da cabeça, do coração, da alma, onde a vida é reconhecida em sua expressão, que a forma sempre segue a função. Esta é a lei." tradução livre do original «The tall office building artistically considered»




Luminária de Gerrit Rietveld, cujo esquema construtivo pode ser encontrado nesse link





Gestalt: escola da psicologia que estudou e sistematizou a percepção humana da forma. Para eles a "boa forma" seria aquela que favorecesse a compreensão ou a leitura visual do objeto.






Logotipos de Alexandre Wollner, utilizando conceitos básicos da Gestalt





Boa Forma no design: ideal formal do design funcionalista. Abarca o ideário da escola funcional e apoia-se nos princípios da percepção humana, estudados pela Gestalt, para tornar o produto agradável e apreensível a qualquer indivíduo, em qualquer contexto cultural.






Cadeira de três pés de Max Bill








Referências:



Texto da revista Veredas FAVIP de André Lacroce, "Funcionalismo no design brasileiro nas décadas de 1950/60"
Livro "Gestalt do Objeto" de João Gomes Filho

19.7.10

Cifrão





Estudo para a edição de junho da revista Conjuntura Econômica, que não foi aproveitado.



Com o domínio árabe no ocidente, o conquistador Djebel-el-Tāriq mandou gravar nas moedas uma linha sinuosa em forma de S cortado por duas colunas gregas. Representando o longo e tortuoso caminho percorrido por ele até a conquista da Espanha através do estreito de Gibraltar, que na mitologia grega era chamado de “Colunas de Hércules”. O símbolo acabou se estabelencendo como representação universal monetária.


Fonte: Casa da Moeda do Brasil, de Cleber Baptista Golçalves.

16.7.10

Revistas eletrônicas

"A nova mídia transforma a antiga em arte" Marshall McLuhan

O vídeo abaixo me deixou perplexa. Desde que começou essa onda de livros e revistas eletrônicas, nada havia soado inovador e funcional a ponto de me fazer sentir que o papel estava de fato por ser superado — não necessariamente acabado, mas ultrapassado. A interface e usabilidade das publicações eletrônicas eram fracas, muitas apelando para movimentos típicos de publicações impressas, como o folhear, por exemplo, que na tela é pouco funcional e chega a ser ridículo. Eu sabia que seria uma questão de tempo, mas agora esse tempo se encurta.





O triste, no meu caso, é que estou fora dessa geração, não só por achar que mesmo me dedicando ao universo interativo serei incapaz de fazer algo que eu realmente aprove. Mas também porque já trabalhei com sistemas interativos e acho o trabalho desgastante. Não aprecio tanto quanto moldar as páginas estáticas de livros e revistas no InDesign. Sou careta e minha missão nos próximos anos será descobrir onde me encaixo nesse movimento todo, se é que vou me encaixar em algum lugar.

De qualquer forma, só para refletir, finalizo com as palavras de Jean-Claude Carrière: "(...) sempre que surge uma nova técnica, (...) Ela se pretende orgulhosa e única. Como se a nova técnica carreasse com ela, automaticamente, para seus novos usuários, uma propensão natural a fazer economia de qualquer aprendizagem. Como se ela propiciasse por si mesma um novo talento. (...) Ao passo que na realidade, é o contrário que acontece. Cada nova técnica exige uma longa iniciação (...)".

E se você quiser ler o depoimento de uma designer de e-books, sugiro a Stella Dauer.

14.7.10

Uma capa que merece ser replicada




Fiquei encantada com essa capa da revista ESPN. Foto, ilustração, paleta de cores, chamada, tudo sincronizado e objetivo, com uma mensagem direta e estética impecável. Outras boas capas sobre a copa estão nesse link.


A imagem da capa é do Alan Clarke e abaixo estão outras que vi no site dele e gostei.









12.7.10

Frases Essenciais #5

Helwoodica (baixe aqui)

8.7.10

A função estética

"A ideia de função nos serve de unidade de medida da qualidade estética da forma do elmo" Giulio Carlo Argan, Projeto e Destino (já citado neste texto)



O conceito de que a forma acompanha a função é válido para uma época e para hoje como ideal projetual. Mas observando nossa cultura material, o universo de objetos que nos cercam, percebo que a função não é mais suficiente como unidade de medida para nossos produtos de design, não de forma objetiva. Obviamente, ela ainda é um parâmetro fundamental, mas não é indispensável. Basta ver que diante de dois objetos com a mesma utilidade, muitas vezes o consumidor opta por aquele que mais o agrada visualmente, deixando a funcionalidade em segundo plano. Acho que precisamos rever alguns conceitos tidos como verdades absolutas.

Vocês acham essas sandálias bonitas?
Mas dizem que são confortáveis e funcionais.
Prefiro não calçá-las.



E essas abaixo, feias?!
Nem um pouco funcionais.
Também não uso.



E qual o objetivo de imprimir estampas tão bonitas e delicadas onde seus pés vão pisar?

Por que comprimir a cabeça desse simpático ET com o seu calcanhar?


Como se vê, os designers podem transformar qualquer um em deus! E nessas horas o design deixa de ser funcional para ser contemplativo, como a arte.

4.7.10

Aplicação da colagem


Capa de Junho da revista Conjuntura Econômica

2.7.10