Semana passada compartilhei minhas capas favoritas, que fiz para o caderno Diversão nesse 1 ano de jornal Extra. Hoje compartilho as 10 matérias que mais gostei de ter feito para o mesmo suplemento.
Nas matérias tenho mais liberdade e posso diversificar as soluções a cada semana. Começarei pelo mais recente, onde a equipe aproveitou que nosso querido estádio de futebol estava sendo reaberto, e fez uma seleção dos bares que ficam perto do Maracanã.
Seguindo na ordem cronológica, a próxima é a matéria sobre bares e casas de show da Lapa. Nada de muito especial, mas fiz esse layout com tanta rapidez, que ele se tornou inesquecível para mim, uma boa solução para o tempo que tínhamos.
O suplemento Diversão tem um projeto gráfico bem colorido, essa página tem tarjas coloridas obrigatórias abraçando a matéria. Por isso tenho dificuldade em usar outros elementos coloridos, mas nessa página, feita para o dia das crianças, conseguimos colorir de forma equilibrada.
Nessa página procuramos mostrar opções de diversão de R$ 5,00 à R$ 50,00. Gostei da brincadeira com os hexágonos, elemento que identifica o suplemento.
Para o centenário de Luiz Gonzaga, o caderno enumerou os eventos espalhados pela cidade que homenageavam o rei do baião. Gostei de como usamos as fotos.
Como o Carnaval começa antes do Natal, essa página trazia a agenda dos ensaios nas quadras, que estavam começando em novembro do ano passado. Tínhamos a intenção editorial de dar as fotos de todas as escolas de samba, e encontramos uma solução bem diferente do que tínhamos feito até então.
Essa matéria explorava o roteiro gastronômico do Grajaú, bairro carioca da Zona Norte que se destaca pela mistura de residências e bares. Voltamos a usar o hexágono para emoldurar algumas fotos, como se fossem porta-copos.
Gosto quando conseguimos abrir uma foto na página, além de usar o hexágono para destacar o texto, que falava das atividades pré-carnavalescas na cidade.
O balaço equilibrado de texto e fotos dessa página me agrada bastante. Com destaque para a composição de fotos retangulares, inclinada e recortada. Usamos diversos recursos gráficos, mas sem exageros. O tema eram as diversas atividades que existem na Quinta da Boa Vista.
Um evento gastronômico na Lapa foi o tema dessa semana, e transformamos o hexágono em um prato com a nossa sopa de letrinhas.
4.6.13
As 10 páginas mais divertidas
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Cintia de Sá
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28.5.13
Trabalho e Diversão
Acabo de completar um ano fazendo capas para o suplemento do Jornal Extra, chamado Diversão, que sai às sextas e traz a programação cultural da semana. Mesmo depois de 44 edições, ainda tenho dificuldades com as capas. Acho complicado integrar as fotos aos obrigatórios hexágonos, que comportam as chamadas. Mas sigo buscando caminhos e algumas vezes funciona.
Confira as dez capas que mais gostei de fazer nesse período, começando pela mais recente
As do Carnaval são minhas favoritas, com a ajuda imprescindível das editoras Luciana Barros e Carla Felícia, que me trouxeram belas fotos!
E as outras seis por ordem de preferência
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Cintia de Sá
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8.3.12
Da tradição oral à escrita
A transição da tradição oral para a escrita foi lenta. Vamos lembrar que o filósofo Sócrates era avesso à escrita no século IV a.C. Para ele, o pensar é um processo dinâmico, que só poderia ser aprimorado através do debate, do diálogo. A escrita distanciaria os debatedores, atrapalhando o desenvolvimento das ideias.
Na Idade Média grandes literatas ainda eram oradores, cabendo à escrita a função de registro. Os autores dos livros não necessariamente os escrevia, como é mostrado no livro "A técnica do livro segundo São Jerônimo", eles ditavam seus textos aos taquígrafos. Posteriormente, um escriba compunha o texto. Depois vinham os copistas... Todos esses profissionais eram caros, mas eram apenas técnicos. Dentre essas profissões, a de taquígrafo ainda existe e continua bem remunerada nos dias atuais.
Para ilustrar a posição hierárquica que os escribas ocupavam, compartilho uma iluminura que está no final do manuscrito "Bíblia rica de Toledo" e um recorte de sua explicação.
Na Idade Média grandes literatas ainda eram oradores, cabendo à escrita a função de registro. Os autores dos livros não necessariamente os escrevia, como é mostrado no livro "A técnica do livro segundo São Jerônimo", eles ditavam seus textos aos taquígrafos. Posteriormente, um escriba compunha o texto. Depois vinham os copistas... Todos esses profissionais eram caros, mas eram apenas técnicos. Dentre essas profissões, a de taquígrafo ainda existe e continua bem remunerada nos dias atuais.
Para ilustrar a posição hierárquica que os escribas ocupavam, compartilho uma iluminura que está no final do manuscrito "Bíblia rica de Toledo" e um recorte de sua explicação.
A parte de baixo está reservada para os que são realmente inferiores. A posição de subordinação destas duas personagens é evidente, porque as suas representações, mais pequenas, ocupam um plano inferior, o que significa que enquanto a responsabilidade na obra desempenham uma função subalterna. Aparece, em primeiro lugar, um clérigo sentado no seu escano que se dirige ao copista, dando-lhe ordens e controlando o seu trabalho. O referido clérigo está vestido com um aparato religioso. Devemos, portanto, descartar desde o princípio a intervenção de uma personagem investida com a dignidade episcopal, como em algumas ocasiões foi sugerido.
(...)
O copista que figura na iluminura final é também a representação de um colectivo de artesãos das artes do livro que nele tomaram parte activa. Basta um olhar atento em qualquer dos tomos da Bíblia para se convencer da multidão de mãos que intervieram nas tarefas da cópia. Também são mais de um os iluminadores que intervieram na decoração.
Ramón Gonzálvez Ruiz
Cónego Arquivista e Bibliotecário da Santa Igreja Catedral Primada de Toledo
6.3.12
Obras raras online
A Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos possui um pequeno e interessante acervo digital de obras raras da medicina. São preciosas antiguidades do mundo inteiro.
O formato das visualizações é bem interessante, pois tenta reproduzir a realidade do objeto mostrado. Então, um antigo papiro egípcio é exibido na forma de rolo e com o mouse você pode ir desenrolando o livro.
O livro de Cosmografia iraniano abre de trás para frente.
Vale a pena uma visita ao Turning the Pages online.
O formato das visualizações é bem interessante, pois tenta reproduzir a realidade do objeto mostrado. Então, um antigo papiro egípcio é exibido na forma de rolo e com o mouse você pode ir desenrolando o livro.
O livro de Cosmografia iraniano abre de trás para frente.
Vale a pena uma visita ao Turning the Pages online.
5.3.12
Quatro meses de Buenos Aires em dois minutos
Para começar a semana e dar início a uma série de textos sobre minhas experiências em Buenos Aires, compartilho um vídeo que fiz em stop-motion com as fotos que tirei durante a viagem, usando uma máquina automática simples e sem nada na cabeça.
Boa viagem!
Boa viagem!
28.2.12
E o Oscar vai para o passado!
O Oscar deste ano teve um ar nostálgico, tanto pelo grande vencedor da noite quanto pelo curta de animação premiado. Ambos nos levam a um tempo passado e nos fazem refletir sobre as transformações tecnológicas que influenciam a arte.
O Artista é um filme mudo, em preto e branco, que fala da chegada de uma nova tecnologia ao universo cinematográfico: o som! E como cada personagem vai lidar com a inevitável mudança. Passei o filme inteiro pensando em como me adaptar às mudanças que estão ocorrendo no mercado editorial...
Nesse ponto, entramos no curta de animação "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore", que eu já havia compartilhado aqui, uma animação nos moldes do cinema mudo. E que tem como temática os livros. Esses adorados objetos que também estão sendo transformados pela tecnologia digital. Deixarão os livros de existir? Claro que não! Eles apenas vão mudar de forma, mas também existá o formato códice, esse nosso velho conhecido que se folheia. Coexistirão.
O mais interessante nessa nostalgia, é não ser chorosa, não ser um lamento, nem uma tentativa de retorno ao passado. Ambos os filmes não abrem mão da tecnologia. A animação tem até um aplicativo interativo para Ipad. O que se vê é o novo somando-se ao antigo, e que o antigo não precisa ser descartado. Não ficamos presos ao passado, nem jogamos fora nossa história. O Artista é uma prova de que um filme mudo ainda pode emocionar e ter tanta qualidade quanto qualquer outro. É só uma questão de linguagem, o que importa mesmo é o conteúdo e como a forma escolhida se relaciona com esse conteúdo.
O cartaz do filme também merece uma menção
O Artista é um filme mudo, em preto e branco, que fala da chegada de uma nova tecnologia ao universo cinematográfico: o som! E como cada personagem vai lidar com a inevitável mudança. Passei o filme inteiro pensando em como me adaptar às mudanças que estão ocorrendo no mercado editorial...
Nesse ponto, entramos no curta de animação "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore", que eu já havia compartilhado aqui, uma animação nos moldes do cinema mudo. E que tem como temática os livros. Esses adorados objetos que também estão sendo transformados pela tecnologia digital. Deixarão os livros de existir? Claro que não! Eles apenas vão mudar de forma, mas também existá o formato códice, esse nosso velho conhecido que se folheia. Coexistirão.
O mais interessante nessa nostalgia, é não ser chorosa, não ser um lamento, nem uma tentativa de retorno ao passado. Ambos os filmes não abrem mão da tecnologia. A animação tem até um aplicativo interativo para Ipad. O que se vê é o novo somando-se ao antigo, e que o antigo não precisa ser descartado. Não ficamos presos ao passado, nem jogamos fora nossa história. O Artista é uma prova de que um filme mudo ainda pode emocionar e ter tanta qualidade quanto qualquer outro. É só uma questão de linguagem, o que importa mesmo é o conteúdo e como a forma escolhida se relaciona com esse conteúdo.
22.2.12
stilus e calamus
No século IV "O escritor matém sempre dois instrumentos ao alcance da mão: o estilete (stilus) e a pena (calamus). Parece que, devido a origem mais antiga, o stilus terá tido um e mprego mais amplo, porém o calamus lhe tomará o lugar, à medida que a evolução da técnica da cópia generalizar sua utilização.
(...) o estilete é um instrumento que escreve na cera, a pena escreve seja no papiro, seja no pergaminho ou em qualquer matéria apta a receber a escritura"
(...) o estilete é um instrumento que escreve na cera, a pena escreve seja no papiro, seja no pergaminho ou em qualquer matéria apta a receber a escritura"
16.2.12
Confetes para o Carnaval
Experimentei fazer uns padrões para fundo de tela bem coloridos, e achei tudo a ver com o clima pré-Carnaval da semana. No mínimo divertido!
Beeem coloridos
Cores pastéis
Menores
Copafetes!
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Cintia de Sá
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11:04
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13.2.12
Para animar o início da semana...
Não importa a forma, o livro é uma ferramenta de transmissão de conhecimento.
8.2.12
Unciais
O interessante de estudar a história do livro é ver como tudo evolui junto: escrita, caligrafia, materiais e formatos. Alguns detalhes, tão comuns em nosso dia-a-dia, foram revolucionários e se desenvolveram ao longo de anos. Na escrita, por exemplo, no início da era cristã não havia separação entre as palavras, nem pontuação ou diferenciação entre maiúsculas e minúsculas. É nesse contexto de monges escribas, cálamos e pergaminhos que a caligrafia uncial se estabelece e sobrevive por séculos.
As unciais surgem com o uso do pergaminho, mais liso que o papiro, permitindo rapidez ao calígrafo na medida em que ele não precisa tirar a pena do suporte para grafar alguns caracteres. As letras tornam-se mais contínuas e arredondadas. Abaixo uma comparação entre capitalis (primeira linha) e uncialis (segunda linha) perfeito para observar essas mudanças.
Um dos mais antigos exemplares da bíblia que ainda pode ser visto no museu do Vaticano, o Códex Vaticanus, foi escrito em unciais gregas e nos dá uma noção de como eram os escritos do século IV.
No século IX as unciais latinas ainda eram usadas, como pode ser visto nesse exemplar do Novo Testamento, escrito em ouro e ricamente ornado.
Os principais tipos digitais unciais são:
Libra
Omnia (minha favorita)
________________
Principais referências:
Tipografos.net
Cadernos de Tipografia e Design Nº 18
Clique na imagem para ampliar
As unciais surgem com o uso do pergaminho, mais liso que o papiro, permitindo rapidez ao calígrafo na medida em que ele não precisa tirar a pena do suporte para grafar alguns caracteres. As letras tornam-se mais contínuas e arredondadas. Abaixo uma comparação entre capitalis (primeira linha) e uncialis (segunda linha) perfeito para observar essas mudanças.
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Um dos mais antigos exemplares da bíblia que ainda pode ser visto no museu do Vaticano, o Códex Vaticanus, foi escrito em unciais gregas e nos dá uma noção de como eram os escritos do século IV.
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No século IX as unciais latinas ainda eram usadas, como pode ser visto nesse exemplar do Novo Testamento, escrito em ouro e ricamente ornado.
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Libra
Omnia (minha favorita)
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