24.3.11

Plácidas tragédias nas capas de revistas

Tenho dificuldade de gostar das capas que falam de tragégias de forma plácida, a não ser que seja uma placidez ilusória. Coisa que a premiada capa da Época sobre o voo 447 não me passa, ao contrário, me parece silenciosa demais.



Ela ganhou prêmios e o diretor de arte Marcos Marques, responsável pelas capas da Época, já declarou que esta é a favorita dele. Mas não consigo gostar e acho que sou a única... esse mar abundante me causa a sensação de paz e tranquilidade que não coincidia com o momento, talvez eu tenha perdido alguma coisa na leitura que fiz da imagem. Pra mim é uma capa bonita e tem seu mérito por isso.

Mas outras capas subvertem a placidez que aparentam, quebram o silêncio da tranquilidade e nos roubam a segurança, assim como essas tragédias fazem. Percebemos nelas que a segurança é uma ilusão.


Esse é o caso da capa da New York Times Magazine sobre o furação Katrina.
E agora, sobre os acidentes nucleares no Japão... nem tudo são flores quando se mexe com radioatividade.




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