16.7.10

Revistas eletrônicas

"A nova mídia transforma a antiga em arte" Marshall McLuhan

O vídeo abaixo me deixou perplexa. Desde que começou essa onda de livros e revistas eletrônicas, nada havia soado inovador e funcional a ponto de me fazer sentir que o papel estava de fato por ser superado — não necessariamente acabado, mas ultrapassado. A interface e usabilidade das publicações eletrônicas eram fracas, muitas apelando para movimentos típicos de publicações impressas, como o folhear, por exemplo, que na tela é pouco funcional e chega a ser ridículo. Eu sabia que seria uma questão de tempo, mas agora esse tempo se encurta.





O triste, no meu caso, é que estou fora dessa geração, não só por achar que mesmo me dedicando ao universo interativo serei incapaz de fazer algo que eu realmente aprove. Mas também porque já trabalhei com sistemas interativos e acho o trabalho desgastante. Não aprecio tanto quanto moldar as páginas estáticas de livros e revistas no InDesign. Sou careta e minha missão nos próximos anos será descobrir onde me encaixo nesse movimento todo, se é que vou me encaixar em algum lugar.

De qualquer forma, só para refletir, finalizo com as palavras de Jean-Claude Carrière: "(...) sempre que surge uma nova técnica, (...) Ela se pretende orgulhosa e única. Como se a nova técnica carreasse com ela, automaticamente, para seus novos usuários, uma propensão natural a fazer economia de qualquer aprendizagem. Como se ela propiciasse por si mesma um novo talento. (...) Ao passo que na realidade, é o contrário que acontece. Cada nova técnica exige uma longa iniciação (...)".

E se você quiser ler o depoimento de uma designer de e-books, sugiro a Stella Dauer.

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