Issues New Magazine Design #2
“We sample an eyeful or imagery here and a mouthful of words there, and continue with no intention other than being ‘infotained’. Reading – if we ever do finally read a text from beginning to end – comes only at the end of a process of sifting and sampling.”
Jeremy Leslie e Lewis Blackwell
Em outras palavras, o texto afirma que quando pegamos um exemplar nas mãos damos uma olhada geral nas imagens, lemos um bocado do texto e continuamos vagando pela publicação, sem intenção nenhuma além de se manter ali, sendo informado e entretido. A leitura, caso aconteça, virá após essa amostragem seletiva. A revista seria, portanto, precursora da leitura não-linear.
Isso, na minha opinião, não seria privilégio delas, os jornais também funcionam assim. Geralmente selecionamos temas de interesse, paramos diante de uma foto que nos chama a atenção e continuamos nesse processo, indo e voltando várias vezes. Prova disso, são aqueles pequenos trechos retirados do texto e ampliados, que chamamos de olhos da matéria. Eles servem – assim como as fotos, ilustrações, gráficos e títulos – para atiçar a curiosidade do leitor e prendê-lo. Quanto mais elementos desse tipo houver na publicação, mais tempo navegamos por ela.
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Texto escrito com base no livro Issues New Magazine Design de Jeremy Leslie e Lewis Blackwell
24.3.09
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Cintia de Sá
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18.3.09
Quem lê revistas?
Issues New Magazine Design #1
“I don’t read magazines. And neither, I suspect, do you. But I enjoy them, I celebrate them, I am even perhaps mentally addicted to them, to judge by the piles in my home and workplace. But read them? That would be a curious way to set about their pleasures.
All this is to say that magazines – at least ones that really celebrate the medium – are for looking at as much as they are for reading. We need a new word for what we do when we experience them.” Jeremy Leslie e Lewis Blackwell
“Eu não leio revistas. E suponho que você também. Mas eu gosto delas, respeito elas, possivelmente sou viciado nelas, a julgar pelas pilhas que tenho em casa e no trabalho. Mas ler? Esse é um modo curioso de começar a falar de seus prazeres.
Tudo isso é para dizer que revistas – pelo menos aquelas que realmente respeitam a mídia – são para serem vistas, mais do que para serem lidas. Precisamos de uma palavra nova para aquilo que experimentamos ao folheá-las.” Tradução livre, caso alguém encontre algum erro, me avise, por favor.
Quando li esse texto, senti um imenso alívio pelas pilhas de revistas que eu comprava e não lia. Também tenho compulsão – bem controlada – por colecionar revistas e sempre quis trabalhar numa. Seguindo esse raciocínio, concluo que a revista é mais visual e sua melhor forma é com pouco texto e muita imagem.
No entanto, existem as revistas de opinião, com predominância textual, onde o visual requintado e material impresso sofisticado – característicos da mídia – confere status aos articulistas. Conheço bons exemplos dessas, mas também compro e não leio. Quem lê? O que lê?
De qualquer forma, a arte de fazer revistas parece uma técnica de encantamento dos leitores através das artes gráficas.
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Texto escrito com base no livro Issues New Magazine Design de Jeremy Leslie e Lewis Blackwell
“I don’t read magazines. And neither, I suspect, do you. But I enjoy them, I celebrate them, I am even perhaps mentally addicted to them, to judge by the piles in my home and workplace. But read them? That would be a curious way to set about their pleasures.
All this is to say that magazines – at least ones that really celebrate the medium – are for looking at as much as they are for reading. We need a new word for what we do when we experience them.” Jeremy Leslie e Lewis Blackwell
“Eu não leio revistas. E suponho que você também. Mas eu gosto delas, respeito elas, possivelmente sou viciado nelas, a julgar pelas pilhas que tenho em casa e no trabalho. Mas ler? Esse é um modo curioso de começar a falar de seus prazeres.
Tudo isso é para dizer que revistas – pelo menos aquelas que realmente respeitam a mídia – são para serem vistas, mais do que para serem lidas. Precisamos de uma palavra nova para aquilo que experimentamos ao folheá-las.” Tradução livre, caso alguém encontre algum erro, me avise, por favor.
Quando li esse texto, senti um imenso alívio pelas pilhas de revistas que eu comprava e não lia. Também tenho compulsão – bem controlada – por colecionar revistas e sempre quis trabalhar numa. Seguindo esse raciocínio, concluo que a revista é mais visual e sua melhor forma é com pouco texto e muita imagem.
No entanto, existem as revistas de opinião, com predominância textual, onde o visual requintado e material impresso sofisticado – característicos da mídia – confere status aos articulistas. Conheço bons exemplos dessas, mas também compro e não leio. Quem lê? O que lê?
De qualquer forma, a arte de fazer revistas parece uma técnica de encantamento dos leitores através das artes gráficas.
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Texto escrito com base no livro Issues New Magazine Design de Jeremy Leslie e Lewis Blackwell
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Cintia de Sá
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13:57
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12.3.09
Tpm
Na rebarba da pesquisa anterior, resolvi dar uma olhada na Tpm, que procura se diferenciar das demais revistas femininas. Eu tinha lido apenas a primeira edição (ela já está no número 84). E talvez tenha visto uma coisinha ou outra nas edições seguintes, mas há muito tempo nem passava perto.
A revista tem ar de inteligente, mas não deixa de ser uma típica revista feminina, que são bem próximas da coluna social dos jornais. Conta a vida de personalidades, tem foto de homem bonito, moda, decoração, dicas de viagens, consumo e confessionário sentimental.
Depois desse esclarecimento básico, vale dizer que é uma boa revista da categoria e acho que se metade das 16 revistas apresentadas no texto anterior fossem iguais a ela, o cenário seria menos pior.
Bonita de se ver, com ótimas soluções gráficas, cada edição possui duas capas, uma clássica com foto feminina e outra alternativa. Comprei a alternativa – apesar da capa clássica ser muito bonita – não que eu tivesse gostado, mas como protesto contra a mesmice e porque ela vinha embalada num saco de limão – a matéria de capa é sobre mulheres frutas – gosto dessas brincadeiras.
A melhor seção é Badulaque, de Nina Lemos, que faz uma graça...
Pra complementar, a seção de confessionário, que traz ilustrações cobertas por box de texto com fundo branco, foi ilustrada para a próxima edição pela Juliana Russo, que divulgou nesse link a ilustração com e sem o texto. Achei ótimo poder comparar.
8.3.09
Dia Internacional da Mulher
Hoje passei boa parte do meu dia fazendo uma pesquisa visual de capas de revistas femininas editadas no Brasil. O que vi dá pra pensar em muitas coisas. Classifiquei elas em duas categorias: na primeira estão as revistas que ditam padrões estéticos e comportamentais; e na segunda, aquelas que ensinam como se enquadrar nesses padrões. Olhá-las todas juntas, empacotadas, com seus conteúdos similares, é um bom exercício de reflexão para esse dia de luta feminina. É essa mulher que gostaríamos de ser? Esse é o papel social que pretendemos ter? Assim somos ou assim nos fazem?
Muitas interrogações, um link sobre revistas femininas e um outro sobre o dia 08 de março. Além das capas, claro.
Muitas interrogações, um link sobre revistas femininas e um outro sobre o dia 08 de março. Além das capas, claro.
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