19.4.11

Encadernadores #2

O segundo texto dessa série é sobre o trabalho delicado e criativo da norte-america Natalie Stopka que mistura costura, croché e encadernação para fazer seus livros artesanais. Confiram.















































12.4.11

A pressa é amiga da cópia

Pra mim é difícil acreditar que um profissional de criação queira copiar o outro. O caminho natural do trabalho é sair do comum para destacar-se. No entanto, existem alguns fatores que favorecem a cópia. A pressa é um deles. Sei que a maioria dos trabalhos são feitos na correria. Sei também que a maioria dos profissionais criativos se gabam por trabalharem em prazos curtíssimos e por serem fortes o suficiente para aguentar a pressão contra o tempo. Mas quando não se pode pensar e pesquisar com calma, estamos vulneráveis. Nos apegamos às primeiras ideias e não conferimos se elas são originais ou lembranças remotas do que vimos. Além de serem as mais óbvias e passíveis de repetição.

Pelo menos essa é a minha experiência. Em maio do ano passado, visitado o nascapas, fiquei chocada ao descobrir não uma, mas duas capas parecidas com a que eu havia feito dois meses antes.


Época (7/09/2009)








The Economist (08/05/2010)








E entre elas Conjuntura Econômica (março 2010)





Como aconteceu com a The Economist, não sei. Mas a Conjuntura Econômica foi por pressa. Tive que resolver a capa em um dia e achei que estava ótimo! Dois meses depois, passada a surpresa inicial, tive que admitir pra mim mesma que eu havia visto e gostado da capa da Época em setembro do ano anteriro, mas a imagem dela ficou guardada em algum lugar no meu inconsciente, de forma que quando fiz uma capa com o mesmo assunto, não me lembrei que essa imagem já havia sido publicada.

Portanto, a pressa passa, a cópia fica.

7.4.11

Deixe que pensem, que falem...

Fazer um logotipo, uma marquinha, uma identidade visual é uma coisa. Fazer uma identidade visual de repercussão – que será visto e discutido e replicado em massa – é outra bem mais complicada. Redirecionar visualmente uma marca reconhecida no mercado é das piores coisas... se tiver tradição então...

Mas o pior mesmo são as chatas discussões em torno de uma nova identidade visual. Seeeeempre que há um lançamento são dias, semanas... lendo críticas. Não leio mais. Acho irresponsável esse burburinho em torno do gosto ou não gosto.

Creio que projetos desse porte só podem ser avaliados através do processo. É preciso saber quais eram os objetivos, conhecer o universo no qual está inserido, o público a que se dirige e respeitar as decisões tomadas. Por isso, o que critico enfaticamente são as exposições de design que apenas exibem os produtos, sem falar das variáveis do projeto – mas essa é uma outra questão.

Enfim, a última ladainha que vi, foi sobre o lançamento da nova identidade visual de O Boticário. Quando um amigo me mostrou, a única observação que fiz foi sobre a ruptura com o antigo logotipo, mas sinceramente, quem deve decidir se haverá ou não uma continuidade são as pessoas envolvidas no projeto. Portanto, respeito a decisão deles e acredito que tiveram seus motivos.

No papel de público-alvo da marca, digo que gostei da mudança e aprovo a ruptura.












A nova identidade visual tem até uma tipografia exclusiva.







Optaram por uma extensa paleta de cores vibrantes e combinações pouco usuais.




E aí algumas aplicações...




A FutureBrand, responsável pelo trabalho, defende-se em um vídeo publicitário e pouco instrutivo em termos de projeto.




Pesquei as imagens e o vídeo no Ideia Fixa, onde você encontra mais informações sobre a discussão toda.

5.4.11

Encadernadores #1

Como a encadernação artesanal entrou na minha vida pra ficar, estarei pesquisando referências pela internet e vou postar uma série de encadernadores. Nada mais óbvio que começar pela Zoopress, onde fiz o curso e de quem sou fã absoluta. O trabalho da Rosa não precisa de muita defesa porque é simplesmente perfeito. Ela estudou muito sobre encadernação, foi assistente de um estúdio nos EUA, usa e abusa das técnicas e materiais, tem um trabalho diversificado e criativo. Enfim, melhor ver...








 Comecei com essas duas linhas para mostrar que o trabalho da Zoopress é tradicional e moderno, ao mesmo tempo que valoriza referências históricas, busca criar novos modelos adaptados à estética contemporânea.




















Meus favoritos são tantos que não cabem aqui, então aconselho uma visita ao Flickr da Zoopress.