“Convido-os a entrar comigo pela imaginação no atelier de um artista. Vejamos o que ali se passa. A sala é ampla e naturalmente desarrumada. Não que lhe falte ordem, porque esta é necessária. Apenas trata-se de uma ordem diferente, extremamente pessoal e que corresponde intimamente à natureza de quem a habita. As paredes devem ser claras; brancas, se possível. Uma luz de preferência vinda do norte deve penetrar e encher todo o ambiente sem que contudo seja demasiadamente forte. Reina pois uma alegria calma. Ali, naquele ambiente, processa-se alguma coisa extremamente simples e no entanto misteriosa. Um homem só. Diante de uma tela branca, desligado momentaneamente de pressões externas, esquecido por algum tempo de problemas naturais da vida. Nada que o perturbe, nenhum elemento exterior que o pressione. Inicia então ele a sua tarefa de transpor e fixar os elementos dos quais está profundamente possuído e que absorveu em contato com o mundo exterior. Desse diálogo tela-homem, através do veículo tinta-cor, estabelece ele um sistema de comunicação com os outros homens.” Aloísio Magalhães
Meu mais novo espaço de trabalho em casa. Nenhum escritório com móveis planejados, nenhum colorido exuberante, nada de espetacular para se mostrar. Ao mesmo tempo em que é espetacular. Um lugar onde sou livre, um espaço que é para mim e mais ninguém. Não é para ser visto, mas para ser usado.
Uma espécie de casulo.
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