28.2.12

E o Oscar vai para o passado!

O Oscar deste ano teve um ar nostálgico, tanto pelo grande vencedor da noite quanto pelo curta de animação premiado. Ambos nos levam a um tempo passado e nos fazem refletir sobre as transformações tecnológicas que influenciam a arte.

O cartaz  do filme também merece uma menção


O Artista é um filme mudo, em preto e branco, que fala da chegada de uma nova tecnologia ao universo cinematográfico: o som! E como cada personagem vai lidar com a inevitável mudança. Passei o filme inteiro pensando em como me adaptar às mudanças que estão ocorrendo no mercado editorial...



Nesse ponto, entramos no curta de animação "The Fantastic Flying Books of Mr. Morris Lessmore", que eu já havia compartilhado aqui, uma animação nos moldes do cinema mudo. E que tem como temática os livros. Esses adorados objetos que também estão sendo transformados pela tecnologia digital. Deixarão os livros de existir? Claro que não! Eles apenas vão mudar de forma, mas também existá o formato códice, esse nosso velho conhecido que se folheia. Coexistirão.



O mais interessante nessa nostalgia, é não ser chorosa, não ser um lamento, nem uma tentativa de retorno ao passado. Ambos os filmes não abrem mão da tecnologia. A animação tem até um aplicativo interativo para Ipad. O que se vê é o novo somando-se ao antigo, e que o antigo não precisa ser descartado. Não ficamos presos ao passado, nem jogamos fora nossa história. O Artista é uma prova de que um filme mudo ainda pode emocionar e ter tanta qualidade quanto qualquer outro. É só uma questão de linguagem, o que importa mesmo é o conteúdo e como a forma escolhida se relaciona com esse conteúdo.

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