25.8.09

Minha infância com Aloisio Magalhães

Se o princípio básico do design é levar a criação artística para o cotidiano da população, acredito que no Brasil nosso maior exemplo de como um profissional pode atingir esse objetivo é observando o expressivo trabalho de Aloisio Magalhães.

Quando criança, eu brincava com a coleção de chaveiros do meu avô e meu favorito era um com o logotipo do Unibanco – me encantava o desenho sem início nem fim e isso me despertou para outras imagens infinitas. Comecei a procurá-las por todos os cantos, nas lojas, nos desenhos de tecidos, nos livros.



Também gostava do talão de cheques que meu pai usava e reconhecia as agências do Banco Boavista pelo símbolo dourado estampado nas portas.

Identificava prontamente o símbolo da LIGHT, onde meu pai foi trabalhar e lembro dele me explicando que era um raio formado com a letra “L”...

Depois surgiu a nota de “um barão” – Cr$ 1.000,00 um frisson na época – alguém também me explicou que a nota não tinha pé nem cabeça, que podia ser lida em qualquer posição. Tudo isso aconteceu antes eu fosse alfabetizada.

A simplicidade bem elaborada dos projetos de Aloisio de Magalhães me permitiu ter acesso ao design, através de objetos corriqueiros do dia-a-dia, muito antes que eu compreendesse e decidisse seguir essa profissão. Isso pra mim é design. Simples e abrangente.

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