28.9.09

A transcendência dos impressos através da arte





Vi recentemente nesse blog um texto mostrando vários artistas que utilizam livros e revistas como soporte para a arte. Ou designers, que ressignificam esses objetos dando-lhes outras funções além das que já possuem, como as banquetas abaixo, feitas de jornal.




O trabalho de Jacqueline Rush Lee é dos mais poéticos, tanto pelas pétalas que abrem esse texto quanto pelos fósseis desses antigos objetos de leitura, mostrados abaixo. A artista investiga o potencial expressivo do livro, sugerindo um nova narrativa.




Essa narrativa, em alguns momentos, conta uma história invertida — de como os livros tornam-se árvore – e me fazem pensar na morte dos meios impressos, declarada por entusiastas do universo eletrônico. Ela virá?





Desde que os processos digitais invadiram as gráficas, o custo e o tempo necessários para a produção de material impresso diminuiu, elevando o volume de papel circulante a um nível nunca atingido antes. Portanto, nossos livros e revistas estão mais vivos do que nunca, desmatando ou criando florestas inteiras de eucaliptos.





Parece que algumas pessoas acham criminosa essa ação de usar livros e revistas como suporte. Pensam que destruindo esse material de leitura, contribui-se para o desgaste de nosso ecossistema. Minha opinião é exatamente inversa, esses trabalhos nos fazem refletir: quantos impressos relevantes existem? Quanto lixo se produz? Quantos poderiam não existir?




Acredito na força do conteúdo, tema que percebo nesses trabalhos, tanto no canto do pássaro acima (cuja autoria desconheço) quanto na explosão do livro História da Arte do Gombrich, na ilustração tridimensional de Su Blackweel e na autópsia de Brian Dettmer.
























Os impressos estão atingindo seu ápice e a evolução dos meios digiais anuncia seu declínio. Não creio na morte deles, mas num refinamento. Uma hora haverá um colapso, por isso devemos pensar em reduzir a quantidade e melhorar a qualidade. Pensar mais em conteúdos relevantes e necessidades reais, porque a banalidade impressa ainda reina e cresce a cada estatística, mas não se sustentará por muito tempo. Minha opinião.










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