
O conceito de que a forma acompanha a função é válido para uma época e para hoje como ideal projetual. Mas observando nossa cultura material, o universo de objetos que nos cercam, percebo que a função não é mais suficiente como unidade de medida para nossos produtos de design, não de forma objetiva. Obviamente, ela ainda é um parâmetro fundamental, mas não é indispensável. Basta ver que diante de dois objetos com a mesma utilidade, muitas vezes o consumidor opta por aquele que mais o agrada visualmente, deixando a funcionalidade em segundo plano. Acho que precisamos rever alguns conceitos tidos como verdades absolutas.
Vocês acham essas sandálias bonitas?
Mas dizem que são confortáveis e funcionais.
Prefiro não calçá-las.

E essas abaixo, feias?!
Nem um pouco funcionais.
Também não uso.


E qual o objetivo de imprimir estampas tão bonitas e delicadas onde seus pés vão pisar?

Por que comprimir a cabeça desse simpático ET com o seu calcanhar?

Como se vê, os designers podem transformar qualquer um em deus! E nessas horas o design deixa de ser funcional para ser contemplativo, como a arte.


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